Esperemos que o Povo Portugu�s n�o continue a fazer de conta que nada disto aconteceu ...
"Fa�amos de conta que e o que passou no BPN e na SLN n�o � mesmo uma enorme "roubalheira". Fa�amos de conta que h� outro termo para descrever correctamente o saque de dois mil milh�es de dinheiro dos portugueses.
Fa�amos de conta que a mais-valia de 147 por cento do investimento de An�bal Cavaco Silva e fam�lia n�o aparece nos dois mil milh�es de preju�zos do BPN nacionalizado. Fa�amos de conta que n�o � o contribuinte portugu�s quem est� a pagar esses dois mil milh�es. Fa�amos de conta que � normal conseguir valorizar um investimento 147,5 por cento em menos de dois anos. Tudo isto fora do controlo das entidades fiscalizadoras e reguladoras do mercado de capitais. Fa�amos de conta que um conglomerado de bancos e offshores que compra coisas por dezenas de milh�o, que vende depois por um d�lar, e que rende mais do que a Dona Branca, � normal. Fa�amos de conta que um neg�cio gerido assim faz algum sentido no mercado. Fa�amos de conta que � acess�vel ao cidad�o comum um neg�cio destes. Fa�amos de conta que sabemos todas as circunst�ncias da compra e da recompra das ac��es de t�o prodigiosa mais valia, que a fam�lia Silva detinha no projecto de Dias Loureiro e Oliveira e Costa. Fa�amos de conta que a SLN n�o tem nada a ver com o BPN. Fa�amos de conta que o BPN e a SLN n�o t�m um n�mero invulgar de gente do PSD envolvido nas suas actividades. Fa�amos de conta que An�bal Cavaco Silva n�o � a personalidade de mais influ�ncia no PSD. Fa�amos de conta que os termos SLN, Sociedade Lusa de Neg�cios ou SLN Valor aparecem no comunicado da Presid�ncia da Rep�blica de 23 de Novembro de 2008. Fa�amos de conta que, nesta fase de d�vidas, � aceit�vel uma declara��o como a emitida pelo Pal�cio de Bel�m sem refer�ncias ao valioso investimento familiar no mais controverso dos projectos financeiros da hist�ria de Portugal. Quando � s� esse investimento que est� causa. Por ser uma aplica��o num projecto de licitude duvidosa. Fa�amos de conta que o Chefe Executivo desse projecto n�o tinha sido um �ntimo colaborador de An�bal Cavaco Silva respons�vel por finan�as p�blicas. Fa�amos de conta que entre 2001 e 2003 os neg�cios do BPN e da SLN decorriam de forma irrepreens�vel e no cumprimento integral da lei da Rep�blica. Fa�amos de conta que n�o foi por escolha pessoal do Presidente da Rep�blica que Dias Loureiro foi nomeado Conselheiro de Estado. Fa�amos de conta que, como o Presidente disse, estar Dias Loureiro no Conselho de Estado era a mesma coisa que estar Ant�nio Ramalho Eanes ou M�rio Soares ou Jorge Sampaio. Fa�amos de conta que o Presidente relatou tudo o que devia ter relatado ao Pa�s sobre os seus activos passados nos projectos de Oliveira e Costa e Dias Loureiro. Fa�amos de conta que n�o h� gente presa por causa do BPN. Fa�amos de conta que n�o vai haver mais gente presa. Fa�amos de conta que o que se passou no BPN e na SLN n�o � mesmo uma enorme "roubalheira". Fa�amos de conta que h� outro termo para descrever correctamente um saque de dois mil milh�es de dinheiro dos portugueses. Fa�amos de conta que n�o conseguimos imaginar quantas escolas, quantos hospitais, quantas contas de farm�cia, quantas pens�es m�nimas, quantas refei��es decentes se podem comprar com esse dinheiro. Fa�amos de conta que basta, apenas, cumprir rigorosamente a Lei e ignorar o que a Lei n�o diz, para se ser inquestionavelmente impoluto. Fa�amos de conta que n�o sabemos o que se est� a passar � nossa volta. At� onde aguenta o Pa�s continuarmos a fazer de conta que n�o vemos ? "
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