CA�A FURTIVA NA GORONGOSA

.500 animais mortos em cada ano por ca�adores furtivos na Gorongosa 27/11/2009

Os ca�adores furtivos matam 3.500 animais por ano no Parque Nacional da Gorongosa, o maior de Mo�ambique, pondo em perigo a sobreviv�ncia de v�rias esp�cies, disse hoje � Lusa Vasco Galante, respons�vel pela comunica��o do parque. Segundo Vasco Galante, os facoceros, changos e pivas s�o os animais em maior risco, dado que s�o presas f�ceis para os la�os, armadilhas e armas de fabrico caseiro usados pelos ca�adores. "Esses animais s�o as maiores v�timas dos ca�adores furtivos porque abundam mais no parque e porque s�o fraquinhos. Um le�o tem mais hip�teses de fugir com a armadilha entre as pernas", afirmou Vasco Galante. O respons�vel pela comunica��o do Parque Nacional da Gorongosa acusou as autoridades de passividade, ao n�o agirem perante a exposi��o e venda p�blica de instrumentos de ca�a furtiva. Ainda assim, 64 pessoas acusadas de ca�a furtiva em Gorongosa foram condenadas pela justi�a � pris�o e ao pagamento de multas, voluntariamente convertidas em trabalho no parque. "A abordagem assente na convers�o das penas de multa em trabalho no parque ajusta-se � preocupa��o do parque de criar oportunidades de emprego e garantir renda � popula��o", enfatizou Vasco Galante. Em 2008, foram presos 152 ca�adores furtivos, recolhidos 2.475 la�os, 139 armadilhas e 20 armas de fabrico caseiro. O produto da ca�a clandestina destina-se ao consumo e fins comercias em pequena escala nos mercados de esquina, incluindo barracas locais, e � geralmente transportado � cabe�a e em bicicletas Recentemente, a administra��o do Parque Nacional da Gorongosa apreendeu pescado e equipamento de pesca tirados do Lago Urema, a �nica fonte de �gua do parque. A Administra��o do parque tem afirmado que o Lago Urema corre risco de extin��o pela excessiva actividade humana nas suas margens e nas dos rios que o alimentam, o que acontecer por� em perigo para todo o ecossistema. O Parque Nacional da Gorongosa fica situado entre as prov�ncias de Manica e Sofala, no centro de Mo�ambique, e acolheu das mais densas popula��es de animais selvagens de �frica, que foi dizimada durante a guerra civil (16 anos), que transformou o local em campo de batalha. Depois do acordo de paz, em 1992, os animais que ainda restavam continuaram a ser mortos por ca�adores furtivos, situa��o que s� come�ou a ser controlada a partir de 1996. Em 2004 iniciou-se um processo de reabilita��o, uma colabora��o entre o governo de Mo�ambique e a Funda��o Carr, uma organiza��o norte-americana.