| Malangatana doutorado Honoris Causa pela Universidade de �vora | Feb 10, '10 7:13 PM by Fernando for everyone |
O artista pl�stico mo�ambicano Malangatana, de 73 anos, um dos mais conceituados pintores africanos da atualidade e que est� a assinalar cinco d�cadas de carreira, recebe quinta feira o doutoramento Honoris Causa pela Universidade de �vora.
A academia alentejana justificou a atribui��o deste grau a Malangatana Valente Ngwenya com o reconhecimento das obras do pintor, que � tamb�m escultor, poeta, dan�arino, cantor e contador de hist�rias.
Trata-se de um "homem com uma inestim�vel dimens�o humana e de cidadania, artista que projeta Mo�ambique al�m-fronteiras, professor de arte e de 'est�rias', sobretudo para crian�as", frisou a Universidade de �vora (U�vora).
A cerim�nia de atribui��o do doutoramento Honoris Causa est� marcada para as 11:00 e o discurso laudat�rio vai ser proferido pelo professor universit�rio Marcelo Rebelo de Sousa, revelou hoje a academia alentejana.
No mesmo dia, �s 16:00, � inaugurada tamb�m em �vora a exposi��o "Malangatana, 50 Anos de Pintura", que vai ficar patente ao p�blico at� 28 de mar�o, no Pal�cio D. Manuel.
A mostra re�ne 50 trabalhos, produzidos de 1950 at� aos dias de hoje, e tra�a uma retrospetiva da vasta obra de Malangatana na �rea da pintura, representada em in�meros museus e cole��es privadas em todo o mundo.
Numa entrevista � Ag�ncia Lusa, em novembro do ano passado, o artista frisou que a exposi��o na cidade alentejana visa "honrar a pr�pria universidade".
Nascido em Matalana, Mo�ambique, em junho de 1936, Malangatana disse ainda ter ficado particularmente sensibilizado por o doutoramento Honoris Causa lhe ser conferido no ano em que a U�vora cumpre 450 anos.
"Eu n�o poderia ficar indiferente a esta grande honra, e decidi retribuir com uma mostra do que fiz ao longo de 50 anos de trabalho, com duas ou tr�s obras representativas de cada ano", explicou.
Em Portugal, a �ltima grande exposi��o do seu trabalho realizou-se em 1989, na Sociedade Nacional de Belas Artes, com mais de 200 obras de pintura, desenho, cer�mica e gravura.
No in�cio deste ano, numa entrevista ao jornal O Pa�s, editado em Maputo, Malangatana assegurou que iria "tentar marcar o primeiro quadro de 2010", o qual talvez fosse "o �ltimo" da sua carreira.
Antes de se tornar artista profissional, nos anos 60 do s�culo passado, Malangatana foi pastor, aprendiz de medicina tradicional e empregado do clube da elite colonial da ent�o Louren�o Marques, depois Maputo.
Gra�as ao arquiteto portugu�s Pancho Guedes, que lhe cedeu uma garagem para atelier, come�ou a dedicar-se a v�rias artes, embora a prefer�ncia continue, ainda hoje, a ser a pintura.
O artista, que real�a que a inspira��o lhe surge do quotidiano, j� participou em exposi��es coletivas ou individuais em pa�ses como Mo�ambique, �frica do Sul, Angola, Brasil, Cuba, Bulg�ria, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finl�ndia, Alemanha, Fran�a, Gr�-Bretanha, Holanda, �ndia, Su�cia, Noruega, Paquist�o ou Portugal.
Entre os v�rios pr�mios, medalhas e condecora��es que lhe foram atribu�das, tanto no seu pa�s natal, como em Portugal, Brasil, It�lia, Fran�a e Holanda, Malangatana recebeu o t�tulo de doutor Honoris Causa pela Universidade Polit�cnica de Mo�ambique e foi eleito "Artista para a Paz" pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, Ci�ncia e Cultura (UNESCO).
Texto e foto em http://www.ionline.pt/
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