domingo, 4 de abril de 2010

EUGENE YERREBLANCHE encontrado morto



Eug�ne Terreblanche foi encontrado morto em sua casa. Dois trabalhadores agr�colas j� foram detidos.

Feroz partid�rio do apartheid, o regime segregacionista que vigorou na �frica do Sul at� 1994, Eug�ne Terreblanche foi encontrado morto na sua quinta no Noroeste do pa�s. O dirigente da extrema-direita, que liderava o Movimento de Resist�ncia Afrikaner (AWB), ter� sido espancado at� � morte. A pol�cia j� deteve dois trabalhadores agr�colas, de 15 e 21 anos, suspeitos de estarem por detr�s do crime, que amea�a reacender as tens�es raciais numa �frica do Sul onde esta quest�o parece longe de estar totalmente resolvida.
"Ao contr�rio do que pedem os nossos membros, pedimos para manterem a calma", declarou � AFP Andr� Visagie, secret�rio-geral do AWB. Este dever� reunir-se a 1 de Maio para decidir como ir� vingar a morte do seu l�der.
A pol�cia, que j� deteve os dois suspeitos, explicou que Terreblanche, de 69 anos, foi morto "com golpes de pangas (machadinha) e agredido com tubos de canaliza��es".
O movimento do supremacista branco garante que este crime teve motivos pol�ticos, ligados a uma can��o que apela a "matar os Boers" (os propriet�rios de terras brancos), adoptada recentemente pelo dirigente da liga para a juventude do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder. Dois tribunais sul-africanos proibiram o uso desta can��o, que consideram apelar � viol�ncia contra os brancos.
Os simpatizantes de Terreblanche, que usam uniformes com um s�mbolo muito parecido � cruz su�stica, op�em-se a uma �frica do Sul multirracial e defendem a cria��o de um Estado Boer.
Em 1994, antes das elei��es que fizeram de Nelson Mandela o primeiro presidente negro do pa�s, o AWB realizou v�rios ataques � bomba no pa�s. Desde o final do apartheid, cerca de um milh�o de sul-africanos brancos deixaram o pa�s.
Mal soube do incidente, o presidente Jacob Zuma apelou � calma. Preocupado com o �dio racial que ainda parece existir no pa�s, o l�der j� tentara acalmar os �nimos. A 30 de Mar�o, visitara um sub�rbio pobre de Pret�ria, habitado sobretudo por afrikaners a quem prometeu apoio social.


Helena Tecedeiro,Di�rio de Not�cias

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