ELEI��ES 2009: Grande aflu�ncia
UMA assinal�vel aflu�ncia de eleitores �s assembleias de voto marcou ontem a vota��o para as quartas elei��es presidenciais e legislativas e as primeiras das assembleias provinciais em Mo�ambique, um cen�rio que apesar de ainda n�o podermos aferir em termos num�ricos leva a presumir que o n�mero de eleitores neste sufr�gio superou os registos oficiais das elei��es gerais e multipartid�rias de 2004, em que apenas votaram 36,42 porcento dos eleitores inscritos.O elevado n�vel de organiza��o conseguido pelo Secretariado T�cnico de Administra��o Eleitoral (STAE) permitiu que o processo arrancasse na hora prevista, sete horas, embora com ligeiros atrasos nalgumas mesas por raz�es pontuais de organiza��o, mas que n�o foram suficientes para comprometer.
Com efeito, a procura pelas urnas come�ou logo cedo, � madrugada, num exerc�cio que foi levando cada vez mais eleitores �s assembleias de voto � medida que o dia ia crescendo, sensibilizados tanto pelas mensagens divulgadas durante os 45 dias de campanha, como pela exorta��o lan�ada na v�spera pela Comiss�o Nacional de Elei��es (CNE).
Os principais candidatos � elei��o presidencial, nomeadamente Armando Em�lio Guebuza, da Frelimo, Afonso Dhlakama, da Renamo, e Daviz Simango, do Movimento Democr�tico de Mo�ambique (MDM), depositaram os seus votos logo �s primeiras horas da manh�. Os dois primeiros na cidade de Maputo e o �ltimo na capital provincial de Sofala, Beira. No breve contacto com a imprensa que se seguiu � vota��o, os concorrentes � Ponta Vermelha reiteraram o seu comprometimento com o processo, tendo igualmente manifestado o desejo de que o mesmo corra a contento at� ao seu desfecho e que os intervenientes aceitem os resultados do escrut�nio.
A n�vel dos centros urbanos, como Maputo e Matola, o movimento tornou-se incaracter�stico, com os cidad�os a movimentarem-se para as assembleias de voto junto �s respectivas �reas de resid�ncia. Esta situa��o afectou o normal funcionamento dos servi�os de transportes, particularmente os poucos semi-colectivos que circulavam praticamente vazios. Ali�s, a toler�ncia de ponto decretada pelo Governo tamb�m contribuiu para a monotonia que se assistiu, sobretudo no per�odo da manh�, j� que o ambiente voltou a agitar-se a partir do meio da tarde.
Pelos dados que nos foram chegando de todo o pa�s, a organiza��o do processo situou-se acima da m�dia, apesar de relatos sobre casos de troca ou omiss�o de nomes nos cadernos eleitorais nalgumas assembleias de voto, situa��o que acabou remetendo dezenas de eleitores a esperas inusitadas. Outra nota de destaque foi o facto de nas primeiras horas o processo ter sido marcado por uma relativa lentid�o.
O recorde de participa��o em sufr�gios eleitorais em Mo�ambique deu-se em 1994, quando cerca de 87 porcento de eleitores inscritos aflu�ram �s urnas. Esta fasquia baixou para cerca de 69 porcento nas elei��es gerais e multipartid�rias de 1999.
Para estas elei��es concorreram 19 organiza��es pol�ticas, designadamente, 17 partidos e duas coliga��es. Os partidos s�o Frelimo, Renamo, Partido da Liberdade e Desenvolvimento (PLD), Ecologistas, Partido da Liberdade e Solidariedade (PAZS), Movimento Patri�tico para a Democracia (MPD), PARENA, Movimento Democr�tico de Mo�ambique (MDM), ALIMO, Partido Trabalhista, Uni�o dos Democratas Unidos (UDM), Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), Partido os Verdes de Mo�ambique (PVM), PANAOC, Uni�o para a Mudan�a (UM) Partido de Reconcilia��o Democr�tica Social (PRDS) e Partido Popular de Desenvolvimento (PPD). As coliga��es concorrentes s�o a Alian�a Democr�tica dos Antigos Combatentes (ADACD) e Uni�o Eleitoral (UE).
Para as presidenciais concorreram tr�s candidatos, nomeadamente Armando Guebuza, da Frelimo; Afonso Dhlakama, da Renamo e Daviz Simango, do MDM.
CONTAGEM PARCIAL INICIOU AINDA ONTEM
O apuramento parcial das quartas elei��es gerais e primeiras para as Assembleias Provinciais realizadas ontem no pa�s e no estrangeiro iniciou ao fim da tarde, logo ap�s o encerramento, cerca das 18 horas, das 12.691 assembleias de voto criadas pelas autoridades de administra��o eleitoral.
Este procedimento, prescrito na lei eleitoral, estabelece ainda que ap�s o apuramento a n�vel distrital ou da cidade, no prazo de tr�s dias dever� iniciar o processo de centraliza��o dos dados para as Comiss�es Provinciais de Elei��es e, posteriormente, para a Comiss�o Nacional de Elei��es que deve pronunciar-se num prazo de quinze dias.
Feitas as contas, os resultados definitivos das elei��es de ontem dever�o ser conhecidos at� 17 de Novembro, segundo dados confirmados recentemente pelo Secretariado T�cnico da Administra��o Eleitoral (STAE).
Nos termos da lei, depois de contados os votos e elaboradas as actas e os editais, estes s�o afixadas na porta das mesas de assembleia de voto. C�pias destes documentos ser�o posteriormente enviadas �s comiss�es distritais de elei��es que, apoiados pelo STAE local, far�o a compila��o dos dados de todas as mesas existentes no territ�rio do distrito.
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